Observatório da Qualidade no Audiovisual

Social TV – o ciber-watercooler de Pretty Little Liars e The Voice

Autora: Daiana Maria Veiga Sigiliano

Resumo curto: Este trabalho pretende discutir as novas formas de participação, interatividade e produção de conteúdo estabelecidas pela Social TV. No fenômeno, o watercooler é transportado para a instantaneidade do Twitter, o appotintment televison se transforma em uma grande comunidade online, e a relação entre produtores e espectadores ganha configurações inéditas. Desde a sua implantação, no final de2011, a TV em duas telas vem fazendo com que a televisão se atualize diante do novo ecossistema de conectividade. Ao aglutinar a velocidade e a temporalidade das redes sociais, o meio, que sempre foi social, se torna mais atrativo ao perfil do sujeito midiático contemporâneo. Além de proporcionar uma simbiose entre o ambiente televisivo e o computacional, a Social TV funciona como uma espécie de monitor cardíaco da audiência, pois as emissoras podem acompanhar em tempo real o perfil demográfico e psicográfico do seu público. No backchannel, os comentários, que antes eram restritos à sala de estar, ganham as redes sociais e inúmeros interlocutores. Partindo das análises da série Pretty Little Liars (2010) e do reality show The Voice (2011) discute-se como o fenômeno modifica o nível de participação do público, as narrativas, a recepção do telespectador e as métricas da audiência. A Social TV está transformando a experiência e o fazer televisivo. O tempo de uma só mídia acabou, a contemporaneidade marca a hibridação das plataformas, em que as tramas são um convite à imersão e vão além da tela.

Disponível em: bit.ly/2RxGl9z

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