Tudo o que é sólido pode derreter é uma série infantojuvenil criada por Rafael Gomes e Esmir Filho produzida pela Ioiô Filmes para a TV Cultura. Exibida pela emissora entre 10 de abril e 3 de julho de 2009, a trama deriva do curta homônimo, dirigido por Rafael Gomes e filmado em 2005, vencedor de diversos prêmios de importantes festivais infantojuvenis como o Oberhausen, na Alemanha.
O seriado de treze episódios acompanha a história de Thereza (Mayara Constantino), uma adolescente de quatorze anos, estudante do primeiro ano do Ensino Médio. A jovem acabou de perder seu tio Augusto (Luciano Chirolli), escritor e ator de peças teatrais. Dessa forma, também apaixonada por literatura, a jovem entra de cabeça nos livros que seus professores passam no colégio. Essa relação faz com que tudo da vida de Thereza (Mayara Constantino) vire uma releitura moderna de obras, que geralmente cobradas nos vestibulares das universidades, como Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, Senhora de José de Alencar e O auto da barca do inferno de Gil Vicente.
Thereza (Mayara Constantino) e os amigos de escola são pessoas comuns, da classe média paulistana. Estudam em uma escola pública, andam de ônibus, conversam pela internet. Passam por situações semelhantes as de muitos jovens nessa faixa etária, como a timidez, os problemas familiares e as questões existenciais. Num paralelo entre as leituras da sala de aula e os conflitos da adolescência, o diferencial da série está na relação direta entre as angústias da jovem e as reflexões provocadas pelas obras que ela estuda nas aulas de Literatura.
Realidade e ficção se imbricam na imaginação de Thereza (Mayara Constantino), onde autores e personagens ganham vida para interagir com o mundo contemporâneo. Outra ponte entre o real e o fantástico é o tio, já morto. Assim como os outros seres imaginados, ele aparece para a sobrinha, estabelecendo contatos que a ajudam a atravessar seus conflitos e a aguçar sua interpretação sobre os livros.
A produção fez parte da terceira edição do projeto Direções, por um novo rumo na teledramaturgia promovido pela TV Cultura em parceira com a Sesctv. Segundo Nilson Xavier, o projeto tinha como objetivo o debate, a pesquisa e a experimentação de novas linguagens em teledramaturgia e investiu em suas duas primeiras edições em teleteatros e na terceira em ficções seriadas. Além da infantojuvenil Tudo o que é sólido pode derreter, foram produzidas as minisséries adultas Unidos do livramento inspirada em contos de Machado de Assis, João Miguel do homônimo livro de Raquel de Queiroz e O Amor Segundo B. Schianbergdo cineasta Beto Brant.
Exibida às sextas-feiras no horário de 19h30, a série foi posicionada em horário estratégico para atingir o público jovem. A programação da TV Cultura na época, segundo dados da Folha Ilustrada, tinha forte presença de programas infantis no período da manhã e da tarde. Boa parte de animações estrangeiras e reprises de programas próprios, como Cocoricó e Castelo Rá Tim Bum. Para anteceder Tudo o que é sólido pode derreter foram escolhidas a série juvenil estadunidense Resgate do voo 29 (Flight 29 Down) que tratava de jovens perdidos em uma ilha devido a um pouso forçadoe o programete Pé na rua apresentado por Gabriela França e João Victor D’Alves apresentando quadros sobre cultura, estilos musicais e debates do universo jovem.
Antes de discutirmos sobre os indicadores de qualidade da série é importante ressaltar que, como dito anteriormente, a trama teve como ponto de partida o curta metragem homônimo produzido em 2007 por Rafael Gomes. O curta foi inspirado no conto There’s a hole in everything (Existe um buraco em tudo, no português), do escritor inglês Mark Illis.
Apesar de manter a premissa de aproximar o cotidiano adolescente de obras literárias, o curta apresenta personagens e ambientações diferentes da adaptação para a TV. Na história Rosa (Mayara Constantino) estuda em um colégio bilíngue e tem poucos amigos. Na trama, o estudo do livro Hamlet, de Shakespeare, faz a jovem refletir sobre a morte repentina do tio.
Após o encerramento da primeira temporada na TV Cultura, em 2009, ainda foram lançados conteúdos referentes ao universo ficcional. Em 2010, foi lançado o box com todos os episódios da série, making of e quatro e-books. Os e-books, selecionados a partir das obras exploradas nos episódios, foram Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente; Dom Casmurro, de Machado de Assis; Poemas, contendo Ismália, de Alphonsus de Guimaraens; O guardador de rebanhos, de Fernando Pessoa. Em 2011, Rafael Gomes lançou uma versão adaptada dos episódios da TV. O livro, editado pela Leya, mantém as mesmas histórias da trama da TV Cultura, mas apresenta pequenas mudanças por conta formato.
A ambientação de Tudo o que é sólido pode derreter é fundamental para o desenvolvimento dos arcos narrativos da série. É partir dos conflitos na escola e em casa que Thereza (Mayara Constantino) estabelece, mesmo que muitas vezes de maneira inconsciente, a correlação com as obras literárias. Algumas sequências se passam nas ruas de São Paulo, na acadêmica de natação da personagem, e em pontos turísticos da metrópole, porém apenas de maneira pontual.
Além de trazer verossimilhança para a trama, a locação da escola pública contribui para a identificação do público. Por ser sido gravada em uma escola em São Paulo, o ambiente apresenta vários elementos que são instantaneamente reconhecidos pelos telespectadores. Tais como a ausência de aparatos tecnológicos e a presença de lousas de giz, carteiras e cadeiras de madeira e armários de aço.
A casa da protagonista reflete a realidade social e econômica da personagem. Nesse sentido, ao longo das cenas podemos acompanhar não só a relação que Thereza (Mayara Constantino) tem com a sua família, mas rotina da casa. Isto é, os atendimentos que Marta (Ana Andreatta) faz em sua residência, os produtos que Décio (Marat Descartes) vende em sua loja, etc. Dessa forma, a ambientação de Tudo o que é sólido pode derreter cumpre a função de reforçar o universo ficcional e estimular a identificação do público.
Com exceção das sequências fantasiosas, que misturam mundos ficcionais da literatura e com os arcos dramáticos do episódio, a caracterização dos personagens Tudo o que é sólido pode derreter apresenta poucas variações. Na maioria das cenas os personagens jovens estão usando o uniforme da escola, já nas sequências fora do ambiente escolar os personagens usam roupas genéricas. Isto é, o figurino não reflete diretamente a personalidade do personagem na trama, apenas Ígor, que é chamado de nerd pelos colegas, usa óculos e suéter, reforçando o estereótipo.
Já nas cenas onde Thereza (Mayara Constantino), por exemplo, conversa com personagens como Padre Antonio Vieira, o autor Gonçalves Dias, participa do programa “Só não ganha quem não quer” com o anjo e o demônio de Auto da barca do inferno ou assiste à telenovela Senhora tais personagens estão representados com roupas de época ou fantasias. Nessas sequencias fantasiosas, identificamos um esforço explícito para incluir em cena a obra a qual o episódio se refere. Podemos perceber a quebra de estereótipos na representação de Auto da barca do inferno com um demônio mulher e um anjo negro.
Nesse sentido, de modo geral, a caracterização dos personagens na série dialoga com o contexto em que eles estão inseridos. Porém, não apresentam grandes variações e composições elaboradas.
As músicas presentes nas cenas da série procuram dialogar com o público alvo, sendo em maior parte rocks alternativos e indie pops, como Quinto andar de Tiê e Sorte e azar do grupo Pato Fu. O recurso de trilha é bastante utilizado na série para construção de clima e ritmo nas cenas e também em transições.
A canção de abertura As coisas, de Érika Machado, se aproxima da poesia e do lúdico, num forte diálogo com a imaginação presente na série. Ainda na vinheta de abertura reforça-se a questão lúdica, já que a personagem interage com um livro popup onde, a cada página, os personagens fixos surgem junto a suas características marcantes como o de Dalila (Wendy Bassi) que busca a fama.
Tudo o que é sólido pode derreter apresenta uma fotografia naturalista, a variação de iluminação e o uso de filtros podem ser observados apenas em cenas pontuais da trama. Como, por exemplo, quando Thereza (Mayara Constantino) imagina o pai de Marcos (Victor Mendes) dando sermões durante o jantar. Nesse contexto, a mudança da fotografia é usada na série para ressaltar alguma situação imaginada pela protagonista.
A série é pautada por uma edição linear, os acontecimentos seguem uma ordem cronológica. Apenas em alguns episódios como, por exemplo, o O Guardador de Rebanhos (Alberto Caeiro) que apresenta alguns flashbacks de Thereza (Mayara Constantino) e Dalila (Wendy Bassi). O recurso é usado para aprofundar e contextualizar o arco narrativo focado na amizade das personagens. O mesmo acontece quando a protagonista lembra das conversas que tinha com o tio, Augusto (Luciano Chirolli). Dessa forma, o uso da edição não linear não é predominante na trama.
O universo ficcional de Tudo o que é sólido pode derreter consegue aproximar os temas, muitas vezes complexos, de obras clássicas da literatura luso brasileira com o cotidiano dos jovens. Nesse sentido, conflitos como a autoridade dos pais, os amores platônicos, as amizades se tornam pontos de interseção com as discussões propostas pelos autores. Ao assistir a trama os telespectadores criam, mesmo que indiretamente, uma familiaridade com os assuntos e a proposta das obras. Dessa forma, podemos afirmar que a série da TV Cultura estimula a leitura e aproxima dos jovens dos clássicos da literatura luso-brasileira.
Porém, é importante ressaltar que as discussões propostas pelos roteiristas não apresentam informações densas e complexas, elas servem como ponto de partida para despertar o interesse dos telespectadores. A ampliação do horizonte do público e o estímulo a reflexão de temas relevantes estão presentes no programa e cumprem a sua função de maneira eficaz.
Os temas abordados nos treze episódios de Tudo o que é sólido pode derreter dialogam diretamente com o cotidiano dos jovens. Um aspeto interessante é a forma como essas discussões são apresentadas na série, estimulando sempre a reflexão e diversos pontos de vista. Essa questão pode ser observada nos diálogos de Thereza (Mayara Constantino) com o seu tio, Augusto (Luciano Chirolli). Nas sequências, a personagem repercute os acontecimentos e as suas opiniões de uma maneira muito enfática e unilateral, posteriormente Augusto (Luciano Chirolli) mostra outras questões que deveriam ser consideradas pela sobrinha. Dessa forma, os assuntos sempre são tratados, dentro da proposta da série e, considerando as limitações da duração do episódio, de modo dinâmico.
Como iremos tratar mais adiante, Tudo o que é sólido pode derreter não apresenta diversidade no que diz respeito ao perfil dos personagens. Porém, os temas abordados nos episódios são amplos tanto nos arcos narrativos focados nos personagens quanto nas obras exploradas. Ao longo dos treze episódios os jovens refletem sobre questões como a insegurança, a rivalidade, as dúvidas da primeira vez, a amizade e tem como pano de fundo as obras de distintas escolas literárias como humanismo, realismo, modernismo e simbolismo.
O modo como essas obras são introduzidas na trama também é um ponto pertinente. Os assuntos não são tratados de maneira distante do público, pelo contrário há uma aproximação muito clara (e didática) entre os livros e os arcos narrativos desenvolvidos pela protagonista. Nesse sentido, os plots despertam a curiosidade do telespectador em conhecer melhor as obras e gera identificação com os conflitos vividos por Thereza (Mayara Constantino). As temáticas dialogam diretamente com o público alvo e são desenvolvidas da maneira coerente.
A trama também estimula a imaginação do público, já na abertura da série é possível observar elementos lúdicos. Na sequência, os personagens são apresentados dentro de um livro que Thereza (Mayara Constantino) está folheando. Cada um deles está inserido em um contexto característico como, por exemplo, Marta (Ana Andreatta) está no seu consultório e Décio (Marat Descartes) em sua loja de enxovais.
Os arcos narrativos de Tudo o que é sólido pode derreter são construídos com base na imaginação de Thereza (Mayara Constantino). Isto é, é partir da correlação que a protagonista faz da ficção com a realidade que os surgem os conflitos ao longo do episódio. Como, por exemplo, em Os Sermões (Padre Antônio Vieira) a personagem está lendo os ensaios para a aula de literatura e começa a questionar o relacionamento que ela tem com os pais. O mesmo acontece em Macunaíma (Mário de Andrade), quando Thereza (Mayara Constantino) usa trechos do romance de Mário de Andrade para se pedir desculpas aos amigos. Em alguns momentos a protagonista também imagina as possíveis conversas que teria com o tio, caso ele estivesse vivo. Dessa forma, todo o universo ficcional da série é construído em torno da imbricação da realidade com a ficção.
Os episódios de Tudo o que é sólido pode derreter tem como ponto de partida a obra de um escritor brasileiro. Geralmente o livro/poema é apresentado durante as aulas de literatura e Thereza (Mayara Constantino) usa as discussões presentes na obra para refletir sobre seus problemas pessoais. Por exemplo, quando a personagem estava estudando Dom Casmurro, de Machado de Assis, ela traçou um paralelo entre a relação dos personagens do livro com os problemas no relacionamento de Dalila (Wendy Bassi) e João Felipe (Bryan Ruffo). Nesse sentido, os episódios sempre exploram dois arcos narrativos centrais: o do livro e do cotidiano de Thereza (Mayara Constantino). A resolução dos arcos se dá no final do episódio, apesar de estarem inter-relacionados com todo o universo ficcional da série, é possível assistir e compreender os episódios isoladamente.
Tudo o que é sólido pode derreter é composto por doze personagens, oito no elenco fixo e quatro no elenco de apoio. No elenco fixo temos, Thereza (Mayara Constantino), Marcos (Victor Mendes), Dalila (Wendy Bassi), João Felipe (Bryan Ruffo), Letícia (Dalia Kochen), Décio (Marat Descartes), Marta (Ana Andreatta) e Tio Augusto (Luciano Chirolli). Já no de apoio temos, Ígor (Kauê Telloli), Professor (Ivan Kraut), Kit (Natália Moraes) e João (Guilherme Tortolio). A história não apresenta pluralidade nos sujeitos representados. O elenco recorrente da série não é diverso, apenas um episódio conta com a participação de um ator negro.
Thereza (Mayara Constantino) é estudante do primeiro ano do ensino médio de uma escola pública em São Paulo. A personagem é estudiosa, questionadora e curiosa. Apesar de ter um bom relacionamento com os seus pais, Marta (Ana Andreatta) e Décio (Marat Descartes), a jovem sente muita falta do tio Augusto (Luciano Chirolli). A morte do tio não é abordada de maneira aprofundada na trama, o telespectador só sabe que ele morreu repentinamente e que provavelmente se suicidou. Thereza (Mayara Constantino) segue o estereótipo de outras tramas seriadas tem se passam no âmbito escolar, é apaixonada pelo garoto popular do colégio que namora sua rival, Dalila (Wendy Bassi). Neste ponto a série reforça, mesmo em alguns momentos discuta superficialmente o machismo, o estereótipo da competição feminina e peca por não estimular a sororidade. Isto é, por mais que Thereza (Mayara Constantino) questione o por quê de não gostar de Dalila (Wendy Bassi) e faça as pazes com a amiga, vários conflitos da história são desencadeados tendo como mote a disputa entre as meninas.
Interpretado pelo ator Victor Mendes, Marcos serve de fio condutor para o telespectador. Recém chegado a escola, o personagem, e consequentemente o telespectador, é introduzido por Thereza (Mayara Constantino) aos professores, aos colegas de classe e ao cotidiano da personagem. Marcos (Victor Mendes) é tímido, tem uma relação complicada com os pais e se torna um dos melhores amigos da protagonista ao longo da primeira temporada. Já João Felipe (Bryan Ruffo) é o aluno popular da escola, no início da série o personagem mantém um relacionamento com Dalila (Wendy Bassi), porém depois uma briga ele se declara para Thereza (Mayara Constantino).
Citada várias vezes na trama como a rival de Thereza (Mayara Constantino), Dalila (Wendy Bassi) sonha em ser atriz. A personagem é extrovertida e faz curso de teatro. Apesar de ser caracterizada como rival e possível vilã da história, as atitudes da jovem não são questionáveis e servem apenas para desencadear os conflitos da protagonista.
Por ser tratar de uma série direcionada para o público jovem, os adultos são minoria no universo ficcional de Tudo o que é sólido pode derreter. No elenco fixo temos os país de Thereza (Mayara Constantino), Marta (Ana Andreatta) e Décio (Marat Descartes), o tio Augusto (Luciano Chirolli). Marta (Ana Andreatta) é psicóloga e está sempre disposta a ouvir a filha e tirar suas dúvidas. Décio (Marat Descartes), tem uma loja de produtos de cama, mesa e banho e traz leveza para a trama, as cenas em que o personagem aparece são, em sua maioria, cômica . Por fim, Augusto (Luciano Chirolli) é o grande ídolo de Thereza (Mayara Constantino), mesmo após a sua morte a jovem imagina como seriam as conversas com tio. Envolvido com a arte, Augusto (Luciano Chirolli) sempre ajuda a sobrinha em reflexões e questionamento sobre as questões abordadas na série. Dessa maneira, os adultos de Tudo o que é sólido pode derreter representam um espécie de refugiou para Thereza (Mayara Constantino).
Como já discutirmos anteriormente, os temas abortados na série refletem diretamente as questões que envolvem o público jovem. Isto é, a relação com os pais, o namoro, a paixão platônica, as amizades, etc. Nesse sentido, os telespectadores conseguem se identificar facilmente com a trama. É a partir dessa aproximação do público que a série consegue introduzir de maneira eficaz os temas das obras literárias e gerar curiosidade nos jovens.
Apesar de seguir o formato usual das narrativas ficcionais seriadas televisivas, isto é, a trama é estruturada a partir de três atos (introdução, crise e finalização). A proposta de Tudo o que é sólido pode derreter se torna pertinente por conseguir correlacionar o cotidiano dos jovens com as obras clássicas da literatura luso brasileira. Nesse sentido, o programa estimula o público a conhecer melhor os livros, poemas e autores que são abordados na atração.
Como discutimos anteriormente, a trama não tem o objetivo de resumir as obras, mas de servir como ponto de partida para que o telespectador conheça os conteúdos. Dessa forma, os roteiristas encontram um meio terno eficaz para a história não ser explicitamente didática e professoral. Os conflitos de Thereza (Mayara Constantino) e as discussões das aulas de literatura e filosofia se imbricam de maneira natural e aproximam o público do universo ficcional. Nesse sentido, ao abordar de maneira verossímil os percalços da adolescência Tudo o que é sólido pode derreter introduz os autores clássicos da literatura luso brasileira ao cotidiano dos jovens.
A TV Cultura estimulou participação ativa do público por meio do site oficial. Além da disponibilização da íntegra dos episódios, músicas da série, galeria de fotos, informações sobre bastidores e livros digitais dos clássicos os quais a narrativa foi inspirada para download gratuito, a página contava com um blog assinado pela protagonista Thereza (Mayara Constantino). Os posts buscavam trazer reflexões sobre os acontecimentos da série, sugestões de música como o post “Eu me transformo em outras”. O espaço do blog continha também opção para comentários dos telespectadores. Na postagem “Um post (bem) grande” de 27 de maio de 2009, foram escolhidos alguns comentários para serem respondidos.
Anos depois da sua transmissão original, o conteúdo ainda circula pela internet. Disponbilizada pela produtora, atualmente nomeada Intro Pictures, a playlist da série atualmente conta com 10 mil visualizações.
Confira a ficha técnica da série no link: http://observatoriodoaudiovisual.com.br/tudo-que-e-solido-pode-derreter/
Por Léo Lima, Mariana Meyer, Daiana Sigiliano e Vinícius Guida
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