No biênio 2016-2017 aprofundamos a reflexão sobre as práticas de fãs e especialistas a partir da análise da curadoria e remixagem presentes nas ações dos perfis fictícios no Twitter, evidenciando as dimensões da competência midiática dos fãs na social TV.
Neste trabalho refletimos sobre as práticas dos fãs de telenovelas no Twitter, a partir da análise da atuação de perfis fictícios dos personagens durante a exibição da novela Liberdade, Liberdade exibida em 2016 na Rede Globo. Com isso, aprofundamos a discussão que temos estabelecido no âmbito do Obitel sobre a social TV, que foca na experiência televisiva de assistir a uma atração e criar conteúdo para circular nas redes sociais (Proulx e Shepatin, 2012 e Acierno, 2012).
A análise tem o intuito de compreender como os fãs analisam e produzem conteúdos midiáticos críticos e interventivos no Twitter, a partir da perspectiva proposta por Ferrés e Piscitelli (2015) das habilidades compreendidas pelas dimensões da competência midiática. Procuramos assim estudar como os fãs mobilizam as dimensões tecnologia, linguagem, ideologia e valores, estética, processos de interação e processos de produção e difusão nas interações, que ocorrem de forma síncrona à exibição da novela, no Twitter.
Biênio 2016-2017
A pesquisa Fãs de “Liberdade, Liberdade: curadoria e remixagem na social TV” analisou a atuação dos perfis fictícios, do Twitter, criados pelos fãs da telenovela Liberdade, Liberdade (2016). Escrito por Mário Teixeira e baseada em argumento de Marcia Prates, o folhetim foi inspirado no livro Joaquina, Filha do Tiradentes, de Maria José de Queiroz, lançado em 1987. Com a direção artística de Vinícius Coimbra, a trama foi ao ar às 23 horas, na Rede Globo, entre os dias 11 de abril de 2016 e 4 de agosto de 2016, totalizando 67 capítulos. Nesse sentido, iremos refletir sobre o fenômeno da social TV e as dimensões da competência midiática que estão em operação no papel desempenhado por estes perfis criados pelos telespectadores interagentes ávidos no microblogging.